Porque quero ser ( NOVAMENTE) Presidente da ANEL?
Meus amigos,
Sou empresário e tenho 56 anos. Tenho como
principal atividade econômica, para minha sobrevivência e da minha família, a
prestação de serviços de lavanderia. Trabalho de segunda a sábado e tenho
expediente diário das 7 às 18.30 h. Pertenço ao segmento doméstico..
Mas, vamos conhecer um pouco da minha
história.
Sou filho de funcionário público federal
aposentado (auditor fiscal), tenho formação técnica de eletrotécnica da Escola
Técnica Federal do RN e formação em ciências econômicas e especialização em
marketing, tendo cursado engenharia elétrica na UFRN, por 3 anos.
Trabalhei no Banco do Brasil, por 22 anos .
Pedi demissão e optei em seguir a carreira empresarial de lavanderia. Foi
decisão mesmo!. Exerci várias funções técnicas no Banco do Brasil ( que foi
para mim uma grande escola), entre elas a de analista de comunicação da
Superintendência Estadual no RN. Realizei, como coordenador do programa Verão
Ouro e FUNDEC, quase 200 eventos, sociais, culturais e esportivos, em 4 anos,
contemplando também, projetos comunitários e econômicos, respectivamente.
Também fui Presidente (Comodoro) do Iate
Clube Barra do Cunhaú-RN, por 7 anos, tendo concluído o mandato, agora em 2011.
Igualmente, com inúmeras ações sociais, culturais e esportivas junto a
comunidade local e associados, sendo eleito, este mês, presidente do conselho
deliberativo.
Fui agraciado com a medalha de Amigo da
Marinha, em reconhecimento aos serviços prestados àquela Instituição e também,
em outro diploma, por ter contribuído com a segurança da navegação, salvaguarda
da vida humana no mar e pela prevenção da poluição hídrica no Estado do RN.
Pertenço, ainda, a SOAMAR- Sociedade de Amigos da Marinha de Natal.
Agora, voltando à ANEL, FAÇO AS SEGUINTES
CONSIDERAÇÕES:
Não é fácil conduzir as ações de uma
Instituição onde o trabalho da diretoria é voluntário, os recursos são escassos
e a contribuição do associado é parte integrante e principal das receitas
operacionais.
Acompanho a ANEL por mais de 16 anos, exerci
várias funções, entre elas, a de Vice-presidente Regional no RN, Diretor e,
finalmente, Presidente por 4 anos.
Fui convidado por Antonio Carlos Mendonça,
que deixava o cargo, em 2005. Aceitei, fui eleito e assumi em maio 2006.
Encontramos uma ANEL desmotivada e com
problemas estruturais. Precisávamos de uma reestruturação.
Renovamos o quadro, inclusive com demissões,
novas funções e colaboradores, substituímos prestadores de serviços, criamos a
gerência comercial para a revista
Lavanderia&Cia, implantamos
ações que melhorassem a comunicação com os associados, com os projetos do
semana on line, clube de parcerias, workshops mensais, cursos e treinamentos e
visitas a TODOS os parceiros da ANEL, entre eles, consultores, fabricantes de máquinas
e insumos nacionais e multinacionais. Criamos, também, a DVDTEC, com a
aquisição de DVDs com os principais consultores de gestão empresarial, entre
eles o Luis Marins e outros.
Recuperamos a revista ( que dava prejuízo de
R$ 8.000,00 a cada edição) e passamos a ter resultados superavitários que
ultrapassaram os R$15.000,00, e todos os meses, tínhamos uma agenda de visitas,
juntamente com o gerente comercial Pinheiro.
Criamos o Lavanderia&Cia
na TV, como forma de aproximar a ANEL do associado, em tempo real, on line,
através da internet. O programa deixou de existir. Foi conduzido,
posteriormente, fora das finalidades previstas. Conseguimos, inclusive, na
época, patrocínio para mais este canal. Ainda existe?. Não sei. Não
informaram!!
Cumpria expediente na ANEL, de segunda a
sexta, uma vez por semana no mês, mesmo que deixasse os meus negócios em Natal.
Estava junto dos nossos funcionários !
Aumentamos de 24 páginas para 44, a Revista
lavanderia &Cia, com bons resultados financeiros e com conteúdo. Buscamos
mais conteúdo, planejamos as matérias e passamos a convidar colaboradores para
a revista. Entre eles, com a
participação do Delfim Neto, que permanece
até hoje.
Agora, aumentar mais ainda o número de
páginas na revista, somente se for com mais artigos e com publicidade.
Senão, vai se transformar em puro marketing institucional. Fica caro e os
leitores /anunciantes não querem isso! Muita foto, pouco conteúdo ! Não vale a
pena!
Aliás, pela primeira vez na história da
ANEL, a revista deixou de
circular um bimestre, sem qualquer comunicação ao anunciante e ao associado.
Isso é grave. A ANEL/Revista
perde credibilidade.
Foi um trabalho gratificante, pois, ao tempo
que aproximávamos o nosso parceiro, muitas vezes, concretizávamos negócios
publicitários na revista. E, assim, o fizemos nos 4 anos que passei na ANEL.
Igualmente, visitávamos as lavanderias que
estavam em nosso roteiro. Havia uma queixa, muito grande sobre a ausência da
ANEL e visitas às lavanderias. !
Priorizamos a participação em Feiras Nacionais,
entre elas a Expolav, Comtex ( em Recife e Caruaru), Equipotel, Maquintex( em
Fortaleza), e nunca deixamos de enviar um técnico ou diretor às feiras
internacionais, na Europa e EUA. Por uma questão contingencial financeira, não
fiz viagens internacionais nos 4 anos que estive na ANEL.
Quando falo em Caruaru, lembro da prioridade
que passamos a dar ao JEANS, ao segmento e a divulgação que oferecemos aos
nossos associados daquela cidade. O nosso diretor Marco Brito sabe disso.
Abrimos a ANEL para o Jeans e ficamos impressionados com a capacidade
empresarial da Região. Vocês estão de parabéns. Aliás, se você não sabe, em
Caruaru existe uma escola de lavanderia, muito bem administrada. Em
Pernambuco ,também, existe a lavanderia itinerante, sobre rodas, cujo projeto
acompanhamos e sugerimos idéias.
Participamos ativamente, por força das
nossas prioridades e a necessidade de descentralização das atividades da
ANEL, de 3 ( três) jornadas técnicas realizadas em
Fortaleza. Em parceria com o SINDELACE, os eventos foram grandiosos. Foi
um sucesso, em que pese a organização, público e número de Estados presentes,
programação das matérias abordadas e consultores palestrantes de todo o País.
Fizemos novo site, desenvolvemos toda a nova
identidade visual da marca ANEL, com logomarca reestilizada, nova folheteria,
aplicações da marca, entre outros. Um trabalho muito bem feito do designer
gráfico Alexandre Guedes.
Aumentamos o número de associados em quase
50%, pois, na verdade, a ANEL não tinha, pasmem, um número exato dos
associados. O controle era feito pelas etiquetas, algumas com a razão social e
outras com o nome de fantasia. Havia, portanto, muita duplicidade no envio de
cartas, revistas e outros. Foi preciso recomeçar a organização e controle !
Fizemos, entre outros eventos, a maior
confraternização Nacional, com a festa com jantar dos 30 anos da ANEL, com
resultados, mais uma vez, superavitários, em que pese os patrocínios. Não vou
fazer comentários, pois, o sucesso foi enorme e as 270 pessoas que compareceram
é prova disso.
Encerramos o mandato, com as contas
bancárias com saldos jamais vistos pelo Conselho Deliberativo e Fiscal, que foram convocados
e analisaram nossa contabilidade. Foi um desafio e uma conquista. Somados saldo
bancário + aplicações + arrecadação, mais de R$ 160.000,00, perto dos R$
180.000,00 disponíveis. Dependia da arrecadação mensal dos associados.
Qualquer dona de casa OU EMPRESÁRIO, sabe
que, PARA INVESTIR, precisamos poupar. Precisamos fazer uma programação, manter
uma reserva. Dessa forma, fazemos, com segurança, OS INVESTIMENTOS.
Mas, NÃO FOI O QUE SE OBESERVOU nessa atual
gestão. Reformas, investimentos em mobiliários, assessoria de imprensa, viagens
internacionais, etc, etc. Resultado: Uma bela sede, um belo
escritório, sem dúvida. MAS, A
ANEL está com um caixaabaixo de R$ 20.000,00? Sem dinheiro ? Poucos
recursos ? Essa é a informação que temos !
Houve uma queda muito grande da arrecadação
com o projeto cartão fidelidade, aliado a inadimplência. Reduzir a mensalidade,
com mais benefícios e mais associados. É uma receita simples de entender. Mas,
quais os benefícios que seriam agregados. Nenhum!Caíram
as receitas, piorou a comunicação. Pouca
participação de diretores. Grandes eventos, maiores riscos e maiores
despesas, naturalmente.
Quanto aos resultados de faturamento nominais apresentados, faça as contas e corrija o valor arrecadado em 2008, em nossa gestão. Foi o maior
da História da ANEL. Corrigindo esse valor, ultrapassou a casa de R$
1.100,000,00. Portanto, na atual gestão, as receitas da ANEL DECRESCERAM e o
CAIXA baixou.
Sem comunicação com o associado, sem
qualquer prestação de contas, sem reunião de Conselhos Deliberativo e Fiscal, e
aí? O que fazemos? Qual a responsabilidade da diretoria sobre isso? Onde está o
orçamento? As previsões orçamentárias para 2011 e 2012? Foram aprovadas? Por
quem? É Estatutário, tem que apresentar. Acho que o diretor financeiro
tenha essas respostas.
O departamento de comunicação e marketing
simplesmente deixou de existir.
Com uma secretaria acéfala, já que a
secretária executiva pediu demissão, a ANEL está sem memória, sem financeiro.
Onde estão as ATAS?
Quantas vezes, você recebeu uma informação
que a tendência para a lavagem a seco , nos próximos anos, será o uso do
percloro, silicone, C02, etc? Cartão de aniversário? O nosso tradicional selo
de associado , que tínhamos orgulho de expor em nosso atendimento?
Então, não bastam somente as viagens
internacionais e os grandes eventos. Precisamos DIVULGAR, insistir. Reunir os
nossos fabricantes de máquinas nacionais, nossos consultores e nossos
associados. Discutir o assunto. Parece que o interesse de alguns, predomina
sobre o do associado. É exclusividade da diretoria ?
Nós, do segmento doméstico, somos carentes
de informação. Ora, se já foram ao exterior, porque não passar detalhadamente
os assuntos para que possamos tomar uma decisão? É uma questão de estilo de
administração. O meu, pela
comunicação, outros, de formas diferentes.
Sobre o SQS ? Tinha outro nome.
Começou conosco em parceria com o SINDILAV.
No início, para atendimento do segmento industrial. Tão somente para atender o
segmento industrial, em que pese exigência das grandes empresas automotivas.
Atendemos o pleito. Investimos recursos em parceria com o SINDILAV. Quero
ressaltar o estreito relacionamento com o SINDILAV. Sempre nos ajudou
financeiramente neste projeto. Parabéns Larocca.
Quantas lavanderias já têm o selo/programa
SQS? Não sei. Faltou comunicação? Qual a relação custo/benefício para as
lavanderias domésticas, principalmente.
Completamos os 4 anos, e, para cumprir o
estatuto, apesar da quase unânimidade, de uma prorrogação do meu mandato, não
aceitei essa prorrogação. Convidei Paola Tucunduva, minha diretora financeira
na época. Formei a chapa, e, também, por ser única, foi eleita. Não tivemos
disputa eleitoral. Alguns poucos votos foram contabilizados.
Fiquei como diretor de marketing, a pedido.
Logo, identifiquei o estilo de administração, as prioridades e, por outros
motivos, também, renunciei ao cargo, nos 3 primeiros meses da nova gestão. Nunca fui substituído. A diretoria
ficou vaga ...
A comunicação declinou, o Semana On Line já não mais funcionava, outras
tecnologias de mídia eram experimentadas, mas sem aceitação. Isso afastou a
comunicação da ponta, do varejo, do associado.
Quanto ao Primeiro (?) Congresso, acho que a
nova diretoria esqueceu das ações das diretorias passadas. Pelo menos tivemos
uns 4 ( quatro) Congressos no Anhembi, com grande participação e com os
recursos e dificuldades existentes na época. Esquecer isso é negar a existência
da ANEL. Em 1994 fui palestrante , abordando o marketing para
lavanderias. Posteriormente, com os elevados custos, deixamos de
realizá-los. Passamos a fazê-los, no próprio stand da ANEL, na EXPOLAV.
Lembram?
Por isso, amigo, preciso retornar. Poderia
ser outro. Sim, sem dúvida. Precisamos de alguns pré-requisitos, como
experiência na área, foco no negócio e gostar, mesmo, de lavanderia. Que
a nossa associação seja usada para ajudar às lavanderias de todo o país.
Sei que não é fácil.
Quanto ao SEBRAE? Sim, sem dúvida alguma,
precisamos dele e o Governo tem definido sua ação. Pagamos impostos para isso.
O SEBRAE não anda jogando dinheiro a fundo perdido, não. O estatuto do SEBRAE
estÁ voltado para as mini, pequenas e médias empresas. Ele tem interesse em
participar !
E o banco ITAÚ na ANEL? Quais os resultados
dessa parceria com a ANEL? Alguém conhece? Conheço os Bancos, trabalhei no
Banco do Brasil . Essa parceria exige a presença do banco em nossa sede? Qual o
custo disso?
Amigo associado. Não é fácil administrar a
ANEL.
Ser Nacional requer muita desenvoltura, precisa
estar envolvido com o negócio. Precisa do apoio do associado, dos diretores.
Você precisa fazer o algo mais, Precisa conquistar ! Precisa compartilhar o dia
a dia dos associados, precisa se envolver nos problemas e soluções
apresentados. Precisa responder as cartas, e mails e outros expedientes,
daqueles que estão longe. Eles não podem ficar sem resposta!
Por isso amigo, não temos promessas,
temos realizações e resultados com responsabilidade.
Você escolhe, é natural. O processo é
democrático e devemos quebrar esse paradigma de que na ANEL NÃO DEVE EXISTIR
DISPUTA. Está errado e é
coisa do passado! O exercício
do voto promove as pessoas, valoriza e faz crescer a associação.. Claro, com
ética, respeitando os candidatos, os associados e a nossa Instituição!
Faço isso por você, por nós. Senão,
ficaríamos aqui em Natal, trabalhando no meu negócio, junto da minha família,
no meu lazer. Aliás, estamos no verão !
Agradeço, finalmente, a sua paciência
de ler esta mensagem.
Um grande abraço.
Paulo César Dantas Fernandes.
Diretor da Splash Lavanderia.
Candidato ao cargo da Presidência da ANEL,
mandato 2012/2014.